Moro no 15º andar de um prédio na cidade de São Paulo, Brasil. Meu prédio está localizado no topo de uma rua íngreme.. Como resultado, tenho muita sorte no sentido de que posso ver muito longe da minha janela. Eu vejo ruas, casas, edifícios e ao norte, eu vejo colinas, e vegetação.  Quando o sol se põe, vejo muitas luzes da cidade. É realmente agradável observar a agitação da cidade a essa distância.

"Admirável Mundo Novo", um romance distópico de Aldous Huxley, teve um grande impacto em mim durante minha adolescência e moldou um pouco do meu pensamento quando se trata de refletir sobre nossa sociedade e as relações entre as pessoas. A idéia de vivermos em um estado permanente de dormência, parece um pouco real demais até hoje e eu gostaria de pensar que meu trabalho poderia ajudar no processo de despertar... um coachee de cada vez.

Vivendo no modo "automático". Viver uma vida sem dúvida, sem reflexão, sem questionamentos de velhas práticas e do status quo. Não deixar os outros entrarem, sem conexões significativas, sem arrependimentos.

Eu costumo desculpar erros quando as pessoas realmente lamentam por eles, quando eles dizem  "sinto muito" e falam sério. Quando não havia intenção de prejudicar. Quando as pessoas se arriscaram, tentaram algo fora de sua zona de conforto, e falharam, devido à falta de experiência. Quando as pessoas tentam corrigir seus erros. Quando eles estão dispostos a aprender com essa experiência. Quando reconhecem que podem ter causado dor a outra pessoa e mostram empatia.

Lealdade, empatia, senso de humor, conexão, inteligência, curiosidade, vontade de aprender e evoluir. Meus amigos gostam de compartilhar e ouvir histórias um do outro. Posso contar com eles em um dia chuvoso.

Toda vez que vou liderar uma sessão de treinamento ou treinar uma pessoa/grupo, eu sempre tento pausar, me auto-conectar, respirar e identificar minha intenção para o dia, para o cliente, para mim. Esse ritual curto me ajuda a ser centrado e prepara minha atenção para que eu possa estar 100% presente.

Deve ser “Quinta dy  Engenho", na periferia de São Paulo. A paisagem montanhosa e toda a vegetação são um convite para estarmos presentes no "aqui e agora". A inspiração proporcionada pelas visões pacíficas é propícia a uma mentalidade reflexiva.

O legado de Marshall Rosemberg  em comunicação não violenta sempre esteve no pano de fundo de toda a minha prática profissional. Recentemente, tornou-se ainda mais, depois que trabalhei como tradutor voluntário em um IIT (International  Intensive Training) oferecido pelo CNVC (Centro de Comunicação Não Violenta) no Brasil. A experiência de mudança de vida deixa um impacto duradouro naqueles que embarcam nesta jornada e isso me ajudou a trazer os ensinamentos de Marshall para o primeiro plano.